Postado em 03/06/22 : 08:06:44
Tradicionalmente o sexo para pessoas com deficiências intelectuais tem sido envolto em tabus, que tiram delas o direito de experimentar a própria sexualidade. Ao superproteger esses indivíduos e negar esse lado de suas vidas, experiências dolorosas e arriscadas são encorajadas. O estudo que apresentaremos analisa essas questões.
Os direitos sexuais são direitos humanos universais. Mas, para as pessoas com deficiências intelectuais, tais direitos têm sido tradicionalmente suprimidos.
Em uma tentativa de proteger os PCDs (pessoa com deficiência) das pessoas mais próximas, muitos tentam evitar situações de risco e vulnerabilidade. Entretanto, os especialistas dizem que tal decisão faz mais mal do que bem. Quando limitamos as experiências do outro, podemos causar sofrimento e, no final das contas, aumentar o desamparo.
Recentemente, um estudo publicado na Espanha analisou pela primeira vez todos os trabalhos publicados em relação às atitudes que existem em relação à sexualidade de pessoas com deficiência.
De modo geral, os resultados mostraram uma tendência em preferir que as demonstrações de afeto fossem "de baixa intensidade" e não em público. Além disso, pode-se dizer que muitas atitudes melhoraram em relação ao passado, mas algo ainda está bem errado e precisamos identificar o que é. Isso nos permitirá fazer melhores intervenções.
Historicamente as pessoas com deficiências intelectuais têm sido desencorajadas em relação à própria sexualidade em uma tentativa de proteção (geralmente bem intencionada). Sob essa perspectiva, temos justificativas como evitar práticas arriscadas ou gravidezes indesejadas, bem como risco de abuso. Mas também se inclui ideias incompatíveis ou antagônicas que levaram a pensar nessas pessoas como seres assexuais (ensinando-se que são “anjos”, que “masturbação é pecado”) e, ao mesmo tempo, argumentando que elas têm um problema em controlar seus impulsos.
A esse enxame de justificativas também se percebe uma infantilização enriquecida por conceitos associados à "idade mental". Essa ideia errada ignora o fato de que nem os corpos nem as experiências de PCDs são comparáveis aos das crianças.
Muitos desses pensamentos colocam o que pessoas sem deficiência entendem como proteção antes do direito à privacidade. O problema é que os números não batem: o silêncio como estratégia não protege e gera vulnerabilidade. O silêncio não previne.
A sexualidade é um conceito amplo que se desenvolve ao longo da vida. Embora muitas vezes nos concentremos apenas na genitália, ela inclui muito mais coisas além de coito ou masturbação. Pode ser afetivo, não físico, pode ser sobre beijar e acariciar, ou compartilhar um espaço público ou íntimo. A sexualidade é uma parte do ser humano que se expressa em atividades cotidianas como tocar, falar, abraçar, fantasiar, beijar, acariciar ou mesmo dar as mãos.
Nas pessoas com deficiência, como em qualquer outra, a sexualidade existe. E, mesmo ignorando essa diversidade de manifestações, a grande maioria delas, principalmente se a deficiência é moderada, tem ou teve algum tipo de relação, apesar de esconderem isso. Negar a sexualidade não a faz desaparecer, mas leva ao sofrimento e ao risco. As pessoas com deficiências podem sentir que não "merecem" essa busca por prazer ou que isso é errado para elas, além de enfrentarem mais uma barreira à informação.
Ao contrário do que prega o mito de proteção, é a educação sexual que protege. Se já houve a ideia de que a educação poderia servir como uma forma de incitar o sexo, os estudos negam: o importante é traçar um caminho pelo qual as PCDs e todos os outros indivíduos possam seguir com segurança, dando-lhes recursos suficientes para viverem livremente o que quiserem ou não.
Certamente esse aprendizado deve ser gradual, mas sem a educação sexual, chegaremos tarde demais. Ninguém espera até a criança perguntar o que é uma faixa de pedestres ou um semáforo antes de ensinar a ela.
Esse aprendizado inclui apoio e ferramentas para evitar práticas de risco ou para identificar possíveis situações de abuso. Não se trata de descuido, mas de levar em conta que, se todos merecem ter acesso a seus direitos básicos, é necessário compreender que apoios adicionais precisam ser fornecidos para que as pessoas com mais dificuldades possam alcançá-los.
Os resultados mostram que as pessoas com deficiência têm interesse em sexualidade, mas percebem suas opções sexuais como limitadas e continuam a encontrar silêncio e ausência ao seu redor. Muitas delas se sentem solitárias e ficam restringidas ao pornô e à masturbação.
Além disso, vê-se que nas famílias vemos mais proteção e paternalismo, mas temos que entender que são famílias que sofreram muito, que muitas vezes vêm com histórias de assédio ou bullying, até mesmo de abuso. A intenção deles é boa, mas eles partem de estereótipos e de ignorância. O problema é que eles querem tanto proteger o familiar com deficiência que o priva de sua própria vida.
As melhores atitudes observadas vêm da população de estudantes universitários. Acredita-se que a idade esteja associada a uma visão mais inclusiva.
Além disso, o estudo constatou que as atitudes eram mais negativas em países com forte presença religiosa e em pessoas com traços mais autoritários.
Em termos de gênero, alguns estudos vêem uma atitude mais positiva nas mães do que nos pais. No caso da própria pessoa com deficiência, os estereótipos gerais são reproduzidos: os homens são percebidos como menos capazes de controlar seus impulsos, e as mulheres são mais superprotegidas porque são consideradas mais vulneráveis.
Embora as atitudes tenham melhorado no geral, um estranho detalhe emerge na análise de cada grupo social: mesmo que a sexualidade das pessoas com deficiência seja aceita por alguns, todos preferem que ela seja de "baixa intensidade", de natureza mais platônica e não demonstrada publicamente, mesmo que seja na forma de um simples beijo.
Há um tabu sobre sexualidade, sim, mas não só no que diz respeito à deficiência. Vivemos ainda em uma sociedade capacitista, racista e também heteronormativa, com modelos de beleza e juventude que excluem os idosos da sexualidade, por exemplo.
Portanto, essa visão estreita afeta pessoas com deficiências intelectuais e ainda que são negras e/ou LGBTQIA+. A pesquisa mostra que as atitudes são piores em relação a estas, que têm que enfrentar uma barreira dupla.
Voltando ao estudo, acredita-se que esse tipo de pesquisa é necessário, porque, caso contrário, dependemos apenas da percepção, e isso pode levar a erros.
A sexualidade e sua expressão é um direito humano que influencia diretamente a qualidade de vida percebida pelos adultos. Portanto, é responsabilidade de pesquisadores e agentes políticos fazerem a diferença, para promover uma qualidade de vida abrangente e boa para adultos com deficiência intelectual.
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